SARCOPENIA NO INDIVÍDUO COM CIRROSE POR MEIO DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA
Resumo
INTRODUÇÃO: Está bem demonstrada uma alta prevalência de sarcopenia em indivíduos cirróticos, sendo um fator prognóstico independente, cada vez mais associado à mortalidade. Pode ser definida como perda de massa muscular e é reconhecida como uma complicação da cirrose. Os estudos de imagem, como a tomografia computadorizada (TC), são o padrão ouro para avaliação da composição corporal devido à sua precisão e confiabilidade como medidas do músculo esquelético e são um bom recurso para avaliação da sarcopenia em pacientes cirróticos. MATERIAL E MÉTODOS: Este estudo faz parte de um Ensaio Clínico Controlado Randomizado, no qual a sarcopenia foi avaliada por meio de tomografia computadorizada, medindo a área transversal dos músculos abdominais (composta pelos músculos psoas, músculos paraespinhais e abdominais, reto abdominal, transverso abdominal e interno e externo oblíqua) em corte axial ao nível da terceira vértebra lombar (L3). Para a análise das imagens, foi utilizado o software Workstation Vitrea e as imagens foram lidas pelo mesmo avaliador. O músculo foi identificado e quantificado pelos limiares da unidade Houndsfield (HU) de -29 a +150. O tecido muscular foi separado de acordo com diferentes limites de densidade: + 35HU para separar a gordura do músculo e + 150HU para separar o músculo do tecido ósseo. A espessura axial da musculatura esquelética abdominal foi definida como o maior diâmetro do músculo e a espessura transversal foi definida como o diâmetro perpendicular ao diâmetro axial. As áreas transversais totais (cm2) dos músculos esqueléticos abdominais em L3 foram calculadas automaticamente adicionando os pixels de tecido e multiplicando pela área de superfície do pixel. Essa medida foi normalizada para altura (m2) para atingir o valor do índice de músculo esquelético (SMI). Foram adotados pontos de corte específicos para indivíduos com cirrose, com base no estudo de Carey et al., Onde a sarcopenia foi observada quando o índice de músculo esquelético foi <50 cm² / m² para homens e <39 cm² / m² para mulheres. Este estudo foi registrado na Plataforma Brasileira de Ensaios Clínicos (REBEC) sob o registro BR-9396d4 e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Caxias do Sul - RS (2927622). RESULTADO: A amostra foi composta por 20 pacientes, predominantemente do sexo masculino (13; 65%) com SMI médio de 51,55 cm2 / m2 (± 10,81). Sarcopenia foi identificada em 6 pacientes (30%) de acordo com o ponto de corte mencionado. Foi detectado em 38,5% dos homens e 14,3% das mulheres. Não houve diferença estatística na incidência de sarcopenia entre os gêneros (p <0,35). O teste do qui-quadrado foi usado para analisar os dados. CONCLUSÃO: Embora com uma amostra pequena, este estudo indicou a alta prevalência de sarcopenia em indivíduos cirróticos, mesmo em pacientes com doença estável. Embora a TC seja o padrão ouro para avaliação e diagnóstico da sarcopenia, diversos métodos são descritos na literatura. Ainda não existe um protocolo padronizado para esse fim, sendo necessárias novas pesquisas sobre o assunto.
REFERÊNCIA
CAREY, E.J., LAI, J.C., WANG, C.W., et al. Um estudo multicêntrico para definir a sarcopenia em pacientes com doença hepática em estágio terminal. Liver Transpl. 2017; 23 (5): 625-33.
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